Maria João Avillez
Maria João Avillez

Foi como mãe de uma freira do Carmelo de Fátima que Maria João Avillez aceitou o convite para escrever o prefácio do livro “Que Fazes Aí Fechada?”, escrito pelo primo Filipe d’Avillez.

“Nunca mais nada voltou a ser igual… Uma vocação religiosa nos tempos que correm? Freira? Uma vida de clausura? Mas porquê? Como? Que ideia?!”, pode ler-se nas primeiras páginas do livro, onde conta como ela e a família receberam a notícia de que Verónica, na altura com 28 anos, tinha decidido trocar o namorado e o emprego em Bruxelas por uma vida dedicada à religião.

“Foi dificílimo escrever… Foi um pouco desnudar-me”, revelou a jornalista, acrescentando: “Estava sempre dividida entre ter de acompanhar a minha filha na sua capacidade de resposta para dar um ‘sim’ tão radical a Deus, e, ao mesmo tempo, acompanhar a minha saudade já antecipada, na altura. Agora, por exemplo, gostaria imenso de estar aqui com um neto que fosse filho dela.”

Maria João visita frequentemente a filha no Carmelo de Fátima, de onde Verónica só pode sair quando necessário. “Estou muito feliz por ela, é uma mulher realizada. Mais realizada do que ela, talvez não conheça ninguém à face da Terra, mas essa realização também foi à custa do que poderia estar hoje a viver com ela no mundo. Vou lá com a  frequência que elas consentem. Os irmãos também vão, assim como os meus netos. Ela não sai, e penso que também não esteja muito empe­nhada em sair. Está muito con­tente naquela sua vida en­tre­gue a Deus..

Fonte: lux